Para diminuir e controlar o ciúmes, é necessário estar trabalhando as crenças e pensamentos que levam a ele e estar entrando mais a fundo na questão da insegurança, no modo que você vê a outra pessoa, a si mesmo e a esse relacionamento.
Como não existem respostas prontas para essas questões, pois elas dependem de cada um, para lidar com tudo isso é bom ter ajuda profissional, fazer psicoterapia cognitiva.
A terapia cognitiva comportamental é indicada para casos de ciúmes excessivo e para casos de ciúmes patológico.
Sim, fazer psicoterapia cognitiva pode ajudar e essa ajuda é necessária, pois pelo que você conta as coisas já passaram dos limites.
Fazer uma psicoterapia nesse momento pode ajudar nessa escolha de deixar essa pessoa e repensar esse relacionamento, seus objetivos, e também para o ciúmes (o quanto está ligado às peculiaridades desse namoro ou se é mais abrangente, por exemplo).
O ciúmes vai, mesmo, criando uma mágoa na pessoa à qual ele é endereçado e há quanto mais tempo isso acontece, mais fundo machuca. Ela começa a duvidar do amor de seu par e seu amor vai enfraquecendo.
Nem sempre a vítima consegue pôr limites para o ciúmes do outro e pode acabar cedendo ao controle que o ciumento acaba exercendo. Aí é necessário se ter uma conversa com o(a) parceiro(a), sem acusações, mas deixando claro que a desconfiança dele(a) vem causando muita mágoa a você e estabelecendo alguns limites. Se as coisas não melhorarem, o segundo passo é propor uma psicoterapia (individual ou de casal). Na terapia de casal o psicólogo poderá fazer sessões individuais com a pessoa ciumenta, intercaladas com sessões com ambos.
É necessário quebrar o círculo vicioso que se instalou no relacionamento, porque ambos o alimentam, seja com ataque ou com defesa, e o passo inicial está mesmo na comunicação. Um relacionamento com amor tem uma base forte para superar isso, mas ambos precisam estar cientes do mal que o ciúmes está fazendo ao casamento e dispostos a lidar com isso.
Seguem algumas matérias nas quais colaborei:
Ciúme, mas na dose certa
O medo de perder perdendo
Os perigos do ciúme
CIÚME, MAS NA DOSE CERTA, por LIA NASSER site www.igirl.com.br
É muito provável que todas vocês conheçam um caso onde o ciúme excessivo foi o responsável pelo final de um relacionamento. O mais curioso é que, segundo a psicóloga Kelen de B. Pizol, este sentimento é uma ferramenta evolutiva: “ele serve justamente como um sensor de perigo e sua função é preservar o relacionamento” revela a profissional formada pela USP (Universidade de São Paulo).
Conclusão: se o ciúme, em doses homeopáticas, serve pra mostrar o seu amor e defendê-lo, em exagero ele pode ter – e quase sempre tem – a função inversa: afasta a pessoa amada. Do mesmo modo, a ausência do sentimento pode prejudicar a relação a dois, deixando o parceiro com a sensação de não ser amado o suficiente.
Que o ciúme é natural e quase inato, não resta dúvida, “a diferença é o grau de ciúmes que as pessoas sentem”, coloca a psicóloga Kelen de B. Pizol. A questão é: como saber reconhecer este limite?
"Seus atos, suas amizades, seu trabalho, seus pensamentos, suas fantasias e lembranças, tudo parece ameaçar a segurança do ciumento. O ciúmes doentio faz com que sua vítima se sinta cada vez mais ressentida com a falta de confiança do companheiro” coloca a psicóloga Kelen de B. Pizol .
Quais serão os motivos que levam algumas pessoas a ter tanto ciúmes? Os mais conhecidos com certeza são a insegurança e o medo de ser abandonado. “Agora, os motivos variam muito dependendo das características das pessoas envolvidas e do tipo de relacionamento” afirma Kelen P.
Flávia, 28 anos, é do tipo que tem sempre problemas de ciúme com quem se relaciona. “Sou muito comunicativa, gosto de conhecer gente nova e isso acaba deixando as pessoas que estão ao meu lado inseguras” conta ela. “Estava saindo com um homem ciumento por natureza, aí pronto, juntou a fome com a vontade de comer. Um dia estávamos em uma festa de uns amigos meus sentados em uma mesa e fui ao banheiro. Quando sai, um moço me abordou na porta. Levei uns segundos para dispensá-lo quando vi o Carlos pegando no colarinho do moço e empurrando-o contra a parede e perguntando se ele estava louco de falar comigo. A festa parou. Foi horrível, depois ele me contou que achou que estávamos juntos no banheiro!”, relata Flávia*.
A solução para ciumentos compulsivos é encontrada na maioria das vezes apenas com ajuda profissional de um psicólogo ou psicoterapeuta. O ciúme que se torna grave é aquele que a pessoa inventa os motivos, distorce significados de conversas e vê coisas onde elas não existem. Isso por que, “quando o ciúme tem razão de ser, deve ser demonstrado sem exageros e de maneira leve” orienta a psicóloga.
Kelen Pizol aconselha que todos tentem se ajudar sozinhos em um primeiro momento, e só depois procurar ajuda profissional. Só o fato da pessoa reconhecer que precisa rever suas atitudes já é um grande passo, significa que ela percebeu que pode estar com desvios emocionais ou problemas de auto-estima.
Mulheres muito ciumentas devem – e homens também, lógico – em primeiro lugar, procurar avaliar com clareza as situações que lhe causam ciúmes. Será que você está percebendo as coisas como elas realmente são? Perguntar para pessoas de confiança o que acham sobre o comportamento do parceiro também pode ajudar a tornar mais clara suas avaliações. Se ainda assim sentir dificuldades em controlar os sentimentos e as atitudes, ai é o caso de procurar ajuda profissional.
Alvos de ciúme exagerado também podem ajudar seus parceiros. Uma conversa franca e aberta pode mostrar que acusações e desconfianças podem acabar sufocando e provocando decepção e tristeza. Ao mesmo tempo é importante passar certa segurança, desta forma o ciúmes pode ser amenizado aliviando tensões para ambos.
por site: www.zignow.com.br/zignews
"COMO CIUMENTO SOFRO QUATRO VEZES: PORQUE SOU CIUMENTO, PORQUE ME REPROVO DE SÊ-LO, PORQUE TEMO QUE MEU CIÚME MACHUQUE O OUTRO, PORQUE ME DEIXO DOMINAR POR UMA BANALIDADE: SOFRO POR SER EXCLUÍDO POR SER AGRESSIVO, POR SER LOUCO E PRINCIPALMENTE POR SER COMUM. " (ROLAND BARTHES)
"Se você me diz que vai sair, sozinha eu não deixo você ir", há quem diga que Roberto Carlos tem uma frase perfeita para qualquer ocasião e talvez eles estejam com toda razão. Quem nunca sofreu pelo menos uma vez com a intolerância de um namorado ciumento? Ou, até mesmo, uma cena parecida com esta da música do Rei? Se fosse algo tão raro, provavelmente, não seria fonte de inspiração a tantos compositores. E mesmo assim, as pessoas ainda negam este sentimento presente em qualquer coração apaixonado. Entrevistadas sobre o assunto, muitas pessoas concordaram em dar os seus depoimentos, desde que seus verdadeiros nomes fossem trocados.
Para muitos o ciúmes, quando não é agressivo, é o tempero necessário para todo relacionamento. E que jogue a primeira pedra quem nunca sentiu uma pitadinha dele! Até os psicoterapeutas defendem que a presença de ciúmes moderado em um relacionamento incrementa e mostra que o interesse mútuo permanece aceso. Segundo eles, a presença dele é saudável nas relações amorosas. Ele serve como um sensor, uma medida da segurança que se sente na relação. Sua ausência, tanto quanto seu excesso, pode prejudicar o relacionamento.
Este é o tipo de sentimento que acomete a qualquer idade. Seja no relacionamento de adolescentes, que ainda estão descobrindo o prazer de viver os primeiros amores, ou em um casamento estável de longa duração. Ele é implacável. Ataca até as relações de amizade. Basta ter um pouquinho de insegurança para lá estar ele agindo como um menino levado.
Segundo a estudante Renata*, 27 anos, a agressividade estimulada por este sentimento é incontrolável. Ainda que tenha contado suas piores crises rindo, a jovem contou que até terapia já fez para controlar seus impulsos. Em um dos seus casos mais chocantes, ela conta que ao saber que havia sido trocada por uma companheira de trabalho do seu namorado, não se conteve e ao vê o carro da pobre menina parado na sua frente, o riscou de ponta a ponta com uma chave. "Fiz uma verdadeira obra de arte no carro dela", conta a estudante rindo.
Renata não foi o único caso assustador ouvido. O fotógrafo Paulo*, 25 anos, contou que já perdeu muitas vezes o controle. Ele narrou uma história no mínimo curiosa. Durante o carnaval de Salvador, o rapaz resolveu pular a cerca depois de se encantar com um belo par de pernas. O único problema é que ele só não imaginava que seria pego de surpresa pela sua namorada. Se vendo nesta situação, a menina resolveu revidar a traição e se agarrou na frente do fotógrafo com um amigo que a acompanhava. "Quando vi minha namorada com outro cara partir para cima, sem contar conversa", disse Paulo.
Nem os mitos estão livres deste tipo de sentimento. Guerreira e valente, com Maria Bonita não havia muita conversa quando o assunto era seu amado Lampião. Segundo os historiadores, coitada daquela que se atrevesse em dá ao menos uma olhadinha para o rei do cangaço. Reza a lenda, ou a realidade, que ao saber que Lampião havia dado um brinco a uma moça, a valente primeira dama do cangaço cortou a orelha da "rival" e disse: "O brinco eu fico, a orelha eu dou aos cachorros".
A pobre escrava Anastácia também foi vítima do ciúmes violento. Segundo conta a história, a sua cegueira foi atribuída ao ciúmes de uma mulher. Crimes como esse não estão longe da nossa realidade. Recentemente, um jovem de classe média alta tentou o suicídio depois de matar sua ex-namorada. A imprensa local relacionou a tragédia ao ciúmes do rapaz.
Segundo a psicoterapeuta Kelen de Bernardi Pizol, quando não há intimidade suficiente no relacionamento, o ciúmes pode se intensificar, pois o companheiro tenta desesperadamente se orientar em uma estrada onde a sinalização não é clara e por isto testa o relacionamento constantemente. Se ele se tornar excessivo, ao invés de fazer bem ao relacionamento, acaba tendo o efeito oposto, muitas vezes afastando o companheiro.
Acreditando que um relacionamento aberto seria o melhor para seu casamento, a engenheira Carolina investiu neste tipo de relação desconhecendo as vantagens e desvantagens que este moderno comportamento pode acarretar. "A gente vivia uma relação sem cobranças, um falava para o outro os interesses que rolavam por outras pessoas, mas tem dias que - não sei porque - somos mais ciumentos", disse a engenheira. "A gente estava com uns amigos em um bar e tinha uma moça muito bonita claramente interessada no meu marido, ela era amiga de uns amigos nossos e sabia do tipo de relação que vivíamos", conta. "Ele também estava agindo abertamente, a situação já estava me incomodando e eu, que já estava bebendo, comecei a dar respostas ácidas ao grupo e quando não agüentei mais, sem ninguém esperar, peguei o copo de cerveja e atirei na cara dele", relata a moça. "Foi horrível, fiquei arrependidissíma", acrescenta.
"Na ânsia de não perder a pessoa amada, o ciumento cerceia seus passos e sua liberdade de tal modo, invadindo seu espaço pessoal e sua privacidade, ferindo seus sentimentos com acusações infundadas, que afrouxa os laços que os uniam", disse Pizol. "Seus atos, suas amizades, seu trabalho, seus pensamentos, suas fantasias e lembranças, tudo parece ameaçar a segurança do ciumento", esclarece a psicoterapeuta.
Outro fator que pode levar à desconfiança e ao ciúmes descontrolado é a mudança no comportamento do parceiro. Esta atitude pode ser interpretada pelo companheiro como sinal de que pode estar havendo ou haver maior oportunidade de traição. A diminuição da frequência sexual de um dos companheiros pode ser uma destas mudanças. O aumento do rol de interesses e interações sociais de um parceiro que "parecia sobre controle", também.
Na história de vida de cada pessoa não faltam lembranças de cenas de ciúme. Em alguns casos, o sentimento pode acabar em tragédia
RONALDO NEZO - Jornal Hoje Maringá
O ciúme é um dos sentimentos mais presentes na vida humana. Pode se manifestar nas relações entre irmãos, primos, amigos etc, mas é mais evidente na vida dos casais. Ainda que negue, a maioria das pessoas, em algum momento, já experimentou uma dose deste sentimento. Para alguns, o ciúme é um belo tempero para a paixão; para outros, um veneno que as vezes acaba em tragédia.
Há pouco mais de dois anos, em agosto de 2000, o ex-diretor de redação de O Estado de São Paulo, Antônio Marcos Pimenta Neves, 65 anos, matou Sandra Gomide, 32 anos, por suspeitar que ela o traía. Psicótico, o jornalista contratava motoristas para seguir os passos da namorada. Numa tarde de domingo, Neves matou Sandra com dois tiros em um haras, em Ibiúna, São Paulo.
A história que chocou o país não é diferente de tantas outras. Até os anos 70 era comum saber de homens que assassinaram a mulher ou namorada adúltera para "lavar a honra". Na época, a justificativa ajudava a abrandar a pena nos tribunais. Hoje muita coisa mudou. Crimes motivados por ciúmes podem ser punidos ainda mais duramente.
Mas o sentimento não produz apenas tragédias. Em alguns casos é possível achar graça de cenas "interpretadas" por mulheres ou homens enciumados. Maria Camille da Silva conta que, no final do ano passado, enquanto comia um lanche numa conhecida lanchonete de Maringá, assistiu a uma destas cenas. "Coisa de novela", segundo ela. "Um casal muito jovem estava sentado a alguns metros de mim. Estavam acompanhados de duas crianças pequenas. Uma garota, com belas pernas, sentava na mesa ao lado. De repente, a mulher jogou a bebida no rosto dele, pegou as crianças e saiu correndo para fora arrastando os filhos. O homem puxava ela... Tentava se explicar, acalmá-la, mas ela só sabia chorar e xingá-lo".
Terça-feira (25), por volta das 22h30, uma aluna de uma das faculdades da cidade saia do estacionamento em seu carro acompanhada de um amigo quando foi surpreendida por um violento choque na traseira do veículo. O ex-namorado, tomado de ciúmes, foi o responsável pela batida intencional.
A psicóloga Kelen de Bernardi Pizol afirma que algum nível de ciúmes é necessário em todo relacionamento. "As pessoas costumam dizer que o ciúme é o tempero do amor, aquela pitada que o incrementa, mostrando que o interesse mútuo permanece aceso". Para ela, a presença de ciúmes é saudável nas relações amorosas. "O ciúme serve como um sensor, uma medida da segurança que se sente na relação. Sua ausência, tanto quanto seu excesso, pode prejudicar o relacionamento".
A grande dificuldade é ter bom senso e saber equilibrar a dose certa do sentimento. Apesar de alguns psicólogos defenderem o "fazer ciúme" para esquentar o relacionamento e até mesmo deixar no ar que existe um outro alguém, a brincadeira pode custar caro. O jogo muitas vezes deixa de ser saudável e causa sofrimento no parceiro. Quando isto acontece, segundo Kelen, o companheiro pode se afastar ou, na ânsia de não perder a pessoa amada, começa a invadir o espaço e a privacidade do outro, ferindo seus sentimentos com acusações infundadas. Passa a faltar espaço para "respirar".
Se o ciúme incomoda o casal, é necessário avaliar a relação. Pode estar faltando segurança ou existe alguma coisa não muito bem resolvida despertando o sentimento. Nessas horas o diálogo é fundamental. Se o ciúme torna-se exagerado, o caminho é procurar ajuda profissional. Terapia individual ou em casal é o mais indicado.
Kelen de Bernardi Pizol (CRP 06/56212-8) é Especialista em Psicologia Clínica e atua como psicoterapeuta desde 1999.
É Graduada como Psicóloga pela USP (1994-1998)
É Pós-graduada em Terapia Comportamental e Cognitiva: Teoria e Aplicação, pela USP.
Também é pós-graduada em Orientação Profissional e de Carreira pelo Serviço de Orientação Profissional da USP.
É Bacharel em Psicologia pela USP.
Realizou aprimoramento em Psicologia do Trabalho no Centro de Psicologia Aplicada ao Trabalho da USP.
Tem extensa experiência com todo tipo de casos de Ansiedade, atendendo centenas de pacientes com essa demanda.
Atuou como psicóloga colaboradora no AMBAN (Ambulatório de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FM-USP), atendendo grupos de pacientes com transtornos de ansiedade.
Tem vivência abrangente em atendimentos direcionados à Carreira e Profissão de Executivos, Empresários, Profissionais Liberais, Pós-graduandos (Doutorado e Mestrado), Graduandos e estudantes.
Atua também com Life Coaching /Personal Coaching e Coaching Profissional.