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TERAPIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL PARA ADULTOS, CASAIS E ADOLESCENTES
     Kelen de Bernardi Pizol - psicóloga graduada e pós-graduada pela USP (1994-1998)
Av. Paulista, Jardins, São Paulo, metrô trianon-masp
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE

A ansiedade pode aparecer na sua vida de diversas formas, mas muitas vezes ela tem contornos definidos, que podem ser melhor entendidos e tratados quando agrupados no que hoje se chama transtornos de ansiedade.

Nem todo mundo que tem determinados sintomas de um quadro ansioso tem um transtorno de ansiedade específico, que é definido através do tipo e quantidade dos sintomas apresentados. Atualmente, por exemplo, fala-se muito "eu tenho transtorno do pânico", mas uma pessoa ter tido um ataque de pânico não quer dizer que ela se enquadre nesse quadro.

As pesquisas em terapia cognitiva comportamental demonstraram que alguns procedimentos auxiliam mais para cada quadro. Mas apesar de a nomenclatura auxiliar a pessoa a entender melhor o que está acontecendo com ela e dar alguns parâmetros para o profissional, o terapeuta vai estar atento ao que está acontecendo com você globalmente e em como a ansiedade está agindo na sua vida, independente de você preencher ou não determinado diagnóstico.

Os transtornos de ansiedade são fobias específicas, fobia social, transtorno do pânico, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno obsessivo compulsivo, transtorno do estresse pós-traumático.

O tratamento desses transtornos com terapia cognitiva comportamental é mais eficaz do que tomar somente medicação e impede melhor as recaídas.

TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO: pensamentos intrusivos e/ou compulsões (atos mentais ou comportamentos repetitivos) que consumem tempo, causam aflição significativa, interferem com o funcionamento diário e que você reconhece como excessivos ou não razoáveis.

OBSESSÕES: são idéias, pensamentos, impulsos ou imagens mentais persistentes vivenciadas como intrusivas e que causam ansiedade. Seu conteúdo é indesejado, mas a pessoa não tem controle sobre ele, apesar de reconhecer que são os seus próprios pensamentos. Não há relação com preocupações com dificuldades reais, como problemas financeiros, profissionais e afetivos. Exemplos comuns: pensamentos repetidos sobre contaminação, dúvidas repetidas, necessidade de organizar as coisas em determinada ordem, impulsos agressivos e imagens sexuais.

COMPULSÕES OU RITUAIS: são comportamentos repetitivos ou atos mentais que têm o objetivo de reduzir a ansiedade gerada pela obsessão. Por exemplo, a pessoa acha que está contaminada pela sujeira (obsessão) e para aliviar a ansiedade que isto lhe causa, lava as mãos várias vezes por dia para limpá-las (compulsão). As formas mais comuns de compulsões são limpeza, repetição, verificação, coleção, ordem e simetria.

Exemplos de obsessões e compulsões comuns:

Pensamentos repetidos sobre ser contaminado com germes

Dúvidas repetidas (por exemplo, sobre ter deixado a porta destrancada ou o fogo aceso)

Sentimento de que as coisas - tais como pratos, livros ou camisas - devem ser arranjados em uma ordem particular.

Lavar excessivamente as mãos ou tomar banho repetidas vezes

Limpeza excessiva e repetitiva

Pedir ou exigir garantias constantemente

Repetidamente verificar a porta, interruptores, quando já o fez

Pensamentos agressivos (de ferir o próprio filho, por exemplo)

Imagens sexuais (que retratam repetidamente uma imagem pornográfica)

Esse transtorno é tão comum quanto a asma ou o diabetes, afetando aproximadamente 6 milhões de pessoas por ano.

TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS TRAUMÁTICO: a pessoa vivenciou ou testemunhou situações que envolvam morte ou ferimento grave ou ameaça à sua integridade física ou de outros, levando a uma resposta de medo, impotência ou horror. A partir daí pode ter flashbacks, reviver continuamente o evento, ter pesadelos, respostas de temor exageradas, concentração pobre, sentido do irrealidade, "embotamento emocional," episódios de choro, ataques de raiva, lapsos da memória. Aflição intensa quando exposta a um objeto ou à uma situação que seja relacionada ao evento, então evita os pensamentos, as conversas ou atividades que possam lembrar do trauma.

Exemplos de tais eventos são seqüestro, assalto, estupro, desastres naturais (enchentes, vendavais, terremotos), guerra e acidente de carro grave.

TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA: pelo menos 6 meses de ansiedade e preocupação excessivas e persistentes; pensamentos "e se...?" . A pessoa preocupa-se constantemente sobre todo tipo de coisas - desempenho no trabalho, relacionamentos, horários, etc - e espera o pior, mesmo que não possa haver ameaça real. As preocupações ocorrem nas atividades do dia a dia e há dificuldade em relaxar. Há uma inquietação ou a sensação de estar com os nervos à flor da pele, cansaço, dificuldade em concentrar-se, irritabilidade, tensão muscular, brancos, dores musculares, perturbação do sono. Muitas vezes há disfunções somáticas gastrointestinais associadas, como: gastrites, colites, diarréias, etc.

ATAQUE DE PÂNICO: Medo intenso que parece vir do nada e é acompanhado por 4 ou mais sintomas: palpitações ou ritmo cardíaco acelerado, sudorese, tremores ou abalos, sensações de falta de ar ou sufocamento, sensações de asfixia, dor ou desconforto toráxico, náusea ou desconforto abdominal, sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio, desrealização (sensações de irrealidade) ou despersonalização (estar distanciado de si mesmo), medo de perder o controle ou enlouquecer, medo de morrer, anestesia ou sensações de formigamento, calafrios ou ondas de calor.Os ataques alcançam seu pico em aproximadamente 10 minutos.

Desde que não há nenhuma maneira predizer quando o ataque seguinte do pânico pôde ocorrer, o indivíduo pode evitar o lugar ou a situação onde o primeiro ataque ocorreu - ou tornado receoso sair em público. Muitas pessoas com transtorno do pânico sofrem também de depressão. A pessoa vive frequentemente com medo de ter um outro ataque, porque os ataques podem ocorrer sem nenhum aviso.

TRANSTORNO DO PÂNICO: Sua característica principal são pelo menos dois ataques de pânico recorrentes e inesperados seguidos por pelo menos 1 mês de preocupação persistente acerca de ter um outro ataque de pânico, preocupação sobre as possíveis implicações ou conseqüências dos ataques de pânico, ou uma alteração comportamental significativa relacionada aos ataques. Os ataques não se devem aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (p.e., intoxicação com cafeína) ou de uma condição médica geral (p.e., hipertiroidismo), e não são melhores explicados por um outro transtorno mental (p.e., fobia específica). Dependendo se há ou não agorafobia, é classificado como Transtorno de pânico com agorafobia ou Transtorno de pânico sem agorafobia.

AGORAFOBIA: Ansiedade sobre estar nos lugares ou em situações nas quais pode ser difícil ou embaraçosa escapar - como estar em uma sala cheia de pessoas ou em um elevador.

É muito comum quem tem transtorno do pânico desenvolver agorafobia, porque temem que a ajuda pode não estar disponível se um ataque ocorrer. Em casos extremos, as pessoas com agorafobia podem até mesmo ter medo de sair de sua casa.

FOBIA ESPECÍFICA - um medo persistente de coisas específicas (como aranhas) ou de situações (como vôo). Exemplos de medos fóbicos:

Fobia de Cães

Fobia de insetos

Fobia de cobras

Fobia de Dirigir

Fobia de Altura

Fobia de Elevador

Fobia de Pássaros

Fobia de Túneis, >Fobia de pontes

Fobia de Tempestades

Fobia de Voar de avião

fobia social: Medo e/ou evitação de situações sociais; medo de dizer ou de fazer algo constrangedor, de ser examinado, criticado, julgado, humilhado, de enrubecer ou empalidecer.

EXEMPLOS DE DÚVIDAS RELACIONADAS À ANSIEDADE

  • Há mais de dois anos tenho passado muito mal em determinados períodos de tempo. Por exemplo passo muito bem durante uns três meses e depois volto a me sentir mal. Já procurei vários médicos, já fiz vários exames e nada. Tenho a sensação de irrealidade e tonteira e a minha visão fica atrapalhada como se eu tivesse ido ao oculista e dilatado os olhos para exame. Hoje pela manhã no metrô pensei que ia desmaiar. Estou me sentindo desesperado, penso até que tenho algo de muito ruim.

Como os exames médicos não deram nada e você relata esses sintomas, pode ser ansiedade o que você tem. É normal quem tem esses sintomas achar que pode ter algo ruim, que pode ficar louco ou morrer, por exemplo, ou que vai desmaiar,como você.

  • Gostaria de saber o que fazer com o problema de não conseguir utilizar banheiros públicos.

Não conseguir utilizar banheiro público pode, por exemplo, estar relacionado ou ao medo de se contaminar ou à vergonha do que os outros podem pensar de você nessa situação.

Pode ser tratado com terapia cognitiva comportamental, através de exposição graduada às situações evitadas e confrontamento dos pensamentos que levam à evitação.

  • Estou com um problema de que não faço idéia, ao sair de casa ou mesmo estando nela começo a transpirar de maneira anormal em determinados momentos (maior parte do dia), gotas de suor caem por minhas axilas como se estivesse a todo momento com um nervosismo intenso, não consigo relaxar, já tive algumas fobias também como, ao sair para uma boate, momentos antes sinto um frio na barriga desnecessário, meio que uma náusea, dificuldade de respiração por receio de passar mal, suor frio, nó na garganta

Parecem ser todos sintomas de ansiedade (inclusive o suor excessivo) e podem ser cuidados com medicação e terapia cognitiva, por exemplo

  • Venho fazendo uma bateria de exames, uns dos primeiros foi uma endoscopia, pois eu sentia certo desconforto no estômago e o resultado acusou que estava tudo normal. Depois fiz exame de fezes e novamente nada foi encontrado. Nesse meio tempo perdi 7 quilos e estou vários sintomas como: ardência nos braços, falta de ar, coração acelerado, insônia (fico agitado, principalmente o coração), ardência no lado direito inferior, vômitos, após a refeições a sensação é de não ter comido nada, irritabilidade a barulhos, emagrecimento, calafrios no lado direito inferior, falta de apetite, às vezes tenho diarréia. Fui medicado com alguns antidepressivos, um para ansiedade, mas não surtiu nenhum efeito. Minha família vem acompanhando esse problema comigo que já dura 2 meses.

Podem estar acontecendo várias coisas, pois os sintomas fazem parte de um todo maior. Somente baseado nos sintomas, não dá para se ter uma visão disso. Se os exames não deram nada e os médicos acharam que os sintomas têm um fundo psíquico (porque receitaram antidepressivos), então fazer terapia pode ajudar também.

  • Eu estou apresentando alguns sintomas de fobia social, como é possível tratar?

Os tratamentos que vem sido mais recomendados pelas pesquisas para fobia social são terapia cognitiva comportamental e/ou antidepressivos.

Os sintomas de fobia social estão ligados à visão da pessoa sobre si própria e sobre as situações sociais e o tratamento na abordagem cognitiva visa ao controle da ansiedade social. Primeiramente, seria necessário investigar o que exatamente está acontecendo para então se pensar em um tratamento.

  • Tenho 18 anos e eu sempre fui tímido, mais depois de tudo que já passei (às vezes eu travo e fico mudo), descobri a pouco tempo que isso era Fobia Social. Minha ansiedade me faz sofrer bastante. Antes de buscar tratamento eu quero tentar fazer minha parte. Antes, sempre tive isso mas não sabia o que era, agora que sei vou tentar superar. A minha dúvida é: tem como um Fóbico Social lutar contra seus medos e superar o que lhe faz sofrer, enfrentando seus medos?

Tem, sim! Este é o primeiro passo que deve ser feito: se expôr aos seus medos, enfrentá-los. Na verdade, para uma pessoa perder a timidez excessiva auxilia ela se expôr às situações que ela evita, aumentar o seu repertório de habilidades sociais, além de modificar os pensamentos e as crenças que tem sobre si e sobre estas situações. Sessões de terapia cognitiva comportamental seguem esta linha e podem ajudar bastante.

PSICÓLOGA

Kelen de Bernardi Pizol (CRP 06/56212-8) é Especialista em Psicologia Clínica e atua como psicoterapeuta desde 1999.

É Graduada como Psicóloga pela USP (1994-1998)

É Pós-graduada em Terapia Comportamental e Cognitiva: Teoria e Aplicação, pela USP.

Também é pós-graduada em Orientação Profissional e de Carreira pelo Serviço de Orientação Profissional da USP.

É Bacharel em Psicologia pela USP.

Realizou aprimoramento em Psicologia do Trabalho no Centro de Psicologia Aplicada ao Trabalho da USP.

Tem extensa experiência com todo tipo de casos de Ansiedade, atendendo centenas de pacientes com essa demanda.

Atuou como psicóloga colaboradora no AMBAN (Ambulatório de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FM-USP), atendendo grupos de pacientes com transtornos de ansiedade.

Tem vivência abrangente em atendimentos direcionados à Carreira e Profissão de Executivos, Empresários, Profissionais Liberais, Pós-graduandos (Doutorado e Mestrado), Graduandos e estudantes.

Atua também com Life Coaching /Personal Coaching e Coaching Profissional.